terça-feira, 9 de novembro de 2010

O cravo branco

Não se perderia nada fazer uma pequena reflexão sobre o domínio do clube orgulhosamente corrupto nestes últimos 30 anos, no futebol português. Estas últimos 30 anos, por acaso, ou talvez não, coincidem com a revolução dos cravos vermelhos.
Do excerto que abaixo transcrevo uma parte, o autor, com o qual nunca partilhei planador que fosse, fala de um Estado de Direito, Estado de Direito este que certos “audazes”, em nome de éticas e estéticas enxovalham a Moral, que deveria ser pilar fundamental da Liberdade e não reduzida a simples e mera libertinagem.

(...)
Mas, ainda assim, incluo-me seguramente na terceira corrente, muito minoritária entre os sportinguistas.
Porque o Porto não é um adversário.
É, com a bonomia e ausência de ódio que o futebol exige, o que de mais próximo há de um inimigo.
Contra o Benfica move-nos o futebol.
Contra o Porto move-nos a civilização contra a barbárie.
Os portistas não são nem melhores nem piores do que os outros.
Mas a sua direcção é de natureza diferente. Move-se pelo tráfico de influências, a batota e métodos inaceitáveis num Estado de Direito.
Baseia a sua paixão num bairrismo provinciano, que se mistura facilmente com o ressentimento contra
Lisboa. (...)
In Jornal Record, sexta-feira, 5 novembro de 2010, Artigo de Opinião de Daniel Oliveira

Do autor, como disse antes não partilhar os mesmos espaços aéreos, partilho, isso sempre, a virtude da Moral. Quanto aos outros, usarei para sempre, a cor que me distinga deles.

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