sábado, 30 de outubro de 2010

A obrigatoriedade da hipocrisia - Parte II

O nosso dedicado e assíduo leitor Paulo Barbosa deixou, na caixa de comentários à mensagem anterior, um link para uma notícia cujo conteúdo julgo importante divulgar. É uma notícia da Rádio Renascença, que por sua vez cita uma notícia da revista Sábado Online:

O presidente do Benfica é suspeito de envolvimento na alegada burla ao Banco Português de Negócios (BPN), avança a edição online da revista Sábado.
Luís Filipe Vieira e o sócio, Almerindo Duarte, são suspeitos de terem participado num burla que terá lesado o banco em 14 milhões de euros.
Segundo avança a versão online da revista Sábado, as suspeitas foram denunciadas ao Ministério Público que investiga indícios de burla e falsificação de documentos no âmbito de um empréstimo bancário para adquirir acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN).
No entanto, Luís Filipe Vieira e Almerindo Duarte não terão ainda sido constituídos arguidos.

De acordo com os pormenores avançados pela revista, elementos da Polícia Judiciária e do Departamento Central de Investigação e Acção Penal realizaram buscas em duas casas do presidente do Benfica e na sede do grupo Inland/Promovalor, que lhe pertence, a 30 de Março deste ano.

Fonte próxima do presidente do Benfica contactada pela Renascença negou qualquer envolvimento de Luís  Filipe Vieira nesta alegada burla.
A mesma fonte confirma que a casa do presidente do Benfica foi alvo de buscas, mas que o líder "encarnado" não foi constituído arguido.
As buscas deste novo caso BPN chegaram também à caixa central de Crédito Agrícola. Segundo a instituição as diligências apenas tiveram a ver com operações relacionada por um cliente do banco.


A notícia pode também ser encontrada noutros órgãos de informação de referência como, por exemplo, a página online do jornal Expresso, que passamos a citar:


A revista "Sábado" revela no seu site que as duas casas que Luís Filipe Vieira detém foram alvo de buscas por parfte de elementos da Polícia Judiciária, que procuravam indícios de uma alegada participação do presidente do Benfica numa burla ao Banco Português de Negócios (BPN).

Além das casas, a sede do grupo Inland/Promovalor, que á propriedade de Luís Filipe Vieira, também foi vasculhada pela PJ, acrescenta a "Sábado".

As buscas foram feitas há sete meses e fonte ligada ao processo disse ao Expresso que o presidente do Benfica não foi constituído arguido.


Detalhes interessantes a reter:
1 - Que o jornalista da Rádio Renascença, para saber se Luís Filipe Vieira foi constituído arguido, procura informar-se junto de "fonte próxima" do Presidente do Glorioso. Já o expresso procura informar-se junto de quem decide quem é arguido ou não, ou seja, uma "fonte ligada ao processo". Expresso - 1, Rádio Renascença - zero.

2 - Que esta notícia é tornada pública SETE meses depois das referidas buscas terem sido efectuadas, numa altura em que a investigação foi concluída sem que Luís Filipe Vieira tenha sido constituído arguido. Ainda assim, para a Rádio Renascença e para a Sábado, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica continua a ser "Suspeito no caso BPN". Corrijam-me se estiver a pensar mal mas, se o Ministério Público investigou Luís Filipe Vieira e não o constituiu arguido, isso não significa que as suspeitas eram infundadas? Nesse caso o título da notícia devia ser: "Presidente do Benfica NÃO É SUSPEITO no caso BPN". Ou não?


Para o nosso leitor Paulo Barbosa, que como toda a pessoa de bem, é um cidadão preocupado com a corrupção que consome este nosso país, o nosso obrigado pela chamada de atenção.

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