sexta-feira, 29 de abril de 2011

BENFICA 2 guerreirinhos 1!



"Um bom amigo, que nos aponta os erros e as imperfeições e reprova o mal, deve ser respeitado como se nos tivesse revelado o segredo de um oculto tesouro. "

Provérbio Budista

quinta-feira, 28 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

E Pluribus Unum




















Dez dias sem internet, alguns desses dias sem rede telefónica (só pude ver as sms sobre a Taça da Liga já no Domingo à tarde)...

Mas que falso é o provérbio "longe da vista, longe do coração..."

Eu sou benfiquista com muito orgulho, com muito amor.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Epá, não estava nada à espera que o árbitro fosse o Lagarxistra! É que não estava mesmo...




Carlos Xistra no clássico da Luz


"A vida está cheia de uma infinidade de absurdos que nem sequer precisam de parecer verosímeis porque são verdadeiros."


Luigi Pirandello

domingo, 17 de abril de 2011

Fazer rir??? Ah Ah Ah!!! Isso é com o Elmano Santos...ih ih ih
































" O quê??? Vocês não viram????....

Aha ahaahhahahahhahahhahahahahah


Laurel


quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Estado Novo e o FCP, ou o FCP e o... Estado Novo!!!

Da esquerda para a direita: Ângelo César (presidente do
              FC Porto entre 1938 e 1939), Oliveira Salazar (1889/1970),
              Óscar Carmona (1869/1951)  e Urgel Horta (presidente do FC Porto
              em 1928/29 e de 1951 a 1953)

























Quem foi Ângelo César Machado?
Nasceu a 4 de Março de 1900 numa pequena freguesia do distrito Viseu, concelho de Resende, denominada... Andrade. Andrade à nascença, Andrade e fascista toda uma vida. Ângelo César cruzou-se com Salazar (nascido no Vimieiro... Viseu, em 1889) na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde Salazar foi seu professor. Estabeleceu-se entre eles uma grande amizade – formou-se em 1924 – com ambos a integrarem o Centro Católico. O fascista Ângelo César esteve na fundação da Milícia Lusitana em 1927, que depois integrou a “Liga Nacional 28 de Maio”, génese da Legião Portuguesa (os delatores do Regime, popularmente designados por “Bufaria” *). Ângelo César foi destacado deputado na Assembleia Nacional, fazendo a apologia de Salazar não só como militante do partido único União Nacional, mas com artigos panegíricos a Salazar e ao Fascismo publicados num dos jornais patrocinados pelo Estado Novo, o “Diário da Manhã” órgão de imprensa em que os tipógrados por vezes se “esqueciam” de colocar o “til” porque entendiam classificar melhor as notícias como “Diário da Manha”. Advogado estabelecido na cidade do Porto, enquanto deputado da fascista União Nacional - em três legislaturas {I (1935-1938), II (1938-1942) e III (1942-1945)} - foi presidente da Direcção do FC Porto, entre 1938 e 1939. Morreu em 12 de Julho de 1972, vilipendiado pelos democratas portuenses, a dois anos da Revolução dos Cravos. Que pena não ter assistido, à democracia e ao portismo que conota o Benfica com o Regime de que foi um dos mais influentes sustentáculos no Norte. Ângelo César foi um dos principais responsáveis pela organização da "Bufa Portuense" sendo, em 1937, adjunto político da primeira Junta Central da Legião Portuguesa no Norte de Portugal. Quantos democratas não teria ele "enviado" para Custóias e Peniche!? Apesar dessa vergonhosa promiscuidade - deputado fascista da União Nacional e presidente fascizóide do FC Porto, em simultâneo - o inefável medíocre nosso contemporâneo Bernardino Barros tenta branquear a sua acção fazendo-o passar por um oposicionista ao salazarismo (ver digitalização). Têm cá uma lata, estes portistas.

* Nada que ver, obviamente, com os conhecidos problemas de flatulência do "gerente da caixa". 





















Quem foi Abílio Urgel Horta?
Em 1928, o presidente da Direcção do FC Porto era o inefável fascista Abílio Urgel Horta. Nascido em 17 de Junho de 1896, em Felgar, uma freguesia em Torre de Moncorvo, cedo rumou para a cidade do Porto, onde se formou em Medicina. Aos 31 anos, sendo presidente do FCP e tendo feito amizades, com alguns dos militares que implantaram (28 de Maio de 1926) em Portugal, a Ditadura Nacional que estaria na origem, em 1933, do Estado Novo, consegue com uma “cunha de tamanho fascista” que o Presidente da República Óscar Carmona, Manuel Rodrigues Júnior (Ministro das Finanças) e José Alfredo Mendes de Magalhães (Ministro da Instrução Pública) assinem o Decreto-Lei que fez do FC Porto o pioneiro (e único clube durante 32 anos e seis meses) detentor do estatuto de Utilidade Pública. Este médico fascizóide regressaria à presidência da Direcção portista, entre 1951 e 1953, para “sacar do Poder Autoritário e Repressivo Português” o Estádio das Antas, inaugurado pomposamente em 28 de Maio de 1952, o Dia das Comemorações Fascistas, integrando a inauguração do estádio nas celebrações dos 26 anos da implantação do Regime. O médido fascizóide foi deputado da União Nacional, em diversas legislaturas, mostrando-se particularmente activo, na VI (1953-1957), VII (1957-1961) e VIII (1961-1965). Infelizmente, já não viu a Implantação da Democracia. Como ele, certamente, se indignaria com o poder actual do FC Porto, com este a conotar o Benfica com o Regime que sempre defendeu, e com o qual o seu clube (FC Porto) tanto beneficiou. Ingratidão “pintodacostista”.


Com a devida vénia ao blogue Em Defesa do Benfica, de onde foram retirados os textos aqui transcritos.

Benfica e o Estado Novo...ou o Estado Novo e...??? O BENFICA!!!

Começando pelo início, o Benfica era um clube que muito jeito dava ao Estado Novo.


Regime que vigorou em Portugal entre 1926 e 1974, período que abrange as duas maiores vitórias deste clube lisboeta, a Taça dos Campeões Europeus, nas épocas de 60/61 e 61/62.


Ora, todo o protagonismo que o Benfica tinha no panorama internacional nesta altura, bem como a presença do grande Eusébio no seu plantel, fez com que o regime se aproveitasse deste facto para reforçar a sua política ultramarina. Como diria o outro, foi precisamente aqui, que se criou esta suposta ligação, fazendo do Benfica o clube do Estado. Nada mais errado.


E há uma série de factos que o comprovam. O Benfica, num país em que não existia democracia, era conhecido pelas suas altamente concorridas e entusiásticas assembleias-gerais bem como pela eleição livre dos seus dirigentes, em que o povo (porque o Benfica, e bem, é conhecido como o clube do povo) podia expressar livremente as suas ideias e ambições.


Mais ligações se podem fazer ao FC Porto e ao Sporting CP com o Estado Novo do que com o SL Benfica.


Vejamos que o antigo estádio das Antas foi inaugurado dia 28 de Maio de 1952 e o antigo campo do Sporting era conhecido como o Campo 28 de Maio, data esta que era comemorativa do golpe de estado que pôs fim à 1ª República e que deu origem ao Estado fascista.


Este campo foi posteriormente ocupado pelo Benfica e renomeado Campo 5 de Outubro. Outras importantes referências podem ser feitas a factos que refutam completamente qualquer ligação das Águias ao regime. O facto de bandeiras do Benfica terem sido usadas em vez das então proibidas bandeiras da antiga União Soviética em manifestações populares após a vitória dos aliados na II Guerra Mundial é um exemplo bastante elucidativo.


O silenciamento do antigo hino do Benfica “Avante pelo Benfica!”, a proibição de usar a palavra “vermelhos” para fazer referência ao clube nos jornais ou até mesmo o facto de 64% dos campeonatos ganhos pelo Sporting terem sido ganhos com Salazar no poder, são factos que não se devem deixar passar. Relevantes são dois factos históricos inequívocos e importantes:


O Benfica ter sido obrigado a jogar a final da Taça de Portugal em casa do seu adversário (Vit. Setúbal) apenas um dia após ter jogado a final da Taça dos Campeões Europeus em 1961.


O segundo é o que ocorreu na época de 1954/55 em que o Benfica, apesar de ter sido campeão nacional, não foi indicado para ir à Taça dos Campeões Europeus, tendo sido preterido em favor do Sporting, uma vez que esta era uma decisão das autoridades nacionais.



Terra Chama fcportistas ceguinhos


Terra Chama Antero (O Papagaio dos 15 erros)


Terra CHAMA OS MENTIROSOS!!!


Terra Chama os portistas!!!


"As liberdades não se concedem, conquistam-se"


Kropotkine

terça-feira, 12 de abril de 2011

Os fretes do reco reco

O presidente do FC Porto fez ainda referência às palavras de Fernando Oliveira, seu homólogo do V. Setúbal, que felicitou os dragões por não pouparem muitos jogadores na fase final do campeonato:

"Só teria que nos felicitar se isso não fosse normal no nosso clube".
                                                                                                               in: reco reco

No seu comentário diário ao Benfica, o corrupto mor aproveitou para praticar um dos seus desportos preferidos: a mentira.

Talvez julgue que a senilidade nos ataca a todos por igual... É que não foi assim há tanto tempo que José Mourinho deixou 9 (nove) titulares no banco num jogo contra o Beira-Mar, dias antes de um jogo decisivo contra o Deportivo da Corunha na Champions League.

A rotatividade era comum nesses anos em que o Porto decidia campeonatos com muitos pontos de avanço. Neste caso, essa rotatividade que tantos elogios mereceu ao "special one", aconteceu um dia depois de Pinto "o gerente da caixa" da Costa ter recebido o árbitro Augusto Duarte em sua casa para lhe oferecer um envelope vazio com 2500€ lá dentro.


PS: desde o jogo Benfica vs corrupção que o headline do reco reco online é um comunicado do futebol corrupção e putas. Hoje fizeram um comunicado para comentar um comentário de um comentador da Benfica TV (compreende-se, já vai faltando assunto para um comunicado por dia...) Muito trabalha o Rui Cerqueira... tanto que, se ainda não anunciou aquele tal jogo é certamente por falta de tempo...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sugestões de leitura para o verão desportivo...Um Calabote serve para tudo um Calheiros não serve para nada!


«Para quem pensava que o futebol foi utilizado pelo Estado Novo como uma arma de propaganda, este livro será uma surpresa. Escudado num sólido e sério trabalho de pesquisa de fontes, o autor dá-nos uma outra visão da relação entre a Ditadura, o desporto e o futebol em particular, pautada pela desconfiança em relação ao profissionalismo e ao espectáculo. Mais: para um regime eminentemente conservador e tradicionalista, o futebol transpirava demasiada modernidade para ser adoptado como um dos seus lazeres preferidos. Trata-se de uma análise rigorosa e desmitificadora de algo até agora aceite na opinião comum, sempre tão propensa a juntar o “F” de Futebol aos “FF” de Fado e Fátima como factores de alienação da sociedade portuguesa daquele tempo.»

António Reis


Estou certo de que a História do Futebol Português, de Ricardo Serrado, é e será uma referência para a compreensão do futebol, em Portugal e até nas antigas colónias. No meu modesto entender, trata-se de uma obra que vai convencer os críticos mais rigorosos, aqueles que gostam de inquirir, de recapitular, de rever sem cansaço e até com o “vício” da minúcia. (...) O futebol é o fenómeno cultural de maior magia da contemporaneidade. Steven Spielberg afirmou que “o futebol bem jogado é o mais belo espectáculo de imagens que já vi”. É afinal isto mesmo que o historiador também quer dizer, porque ele não esconde que, através do futebol, Portugal chegou a ser um seminário de energias criadoras, uma fonte de vida nacional, um espaço de acrisolado patriotismo. Está de parabéns o Ricardo Serrado? Sem dúvida! Ele surge, nesta obra, admirável de desassombro e de probidade mental! Mas está de parabéns igualmente o futebol português que, por este meio, vai adquirir mais perfeita noção da sua grandeza histórica, mais consciência das suas virtualidades, mais confiança em si mesmo.


MANUEL SÉRGIO in Prefácio do Volume I


"O pior cego é o que não quer ver"

Bíblia

domingo, 10 de abril de 2011

Pedro e o lobo

Um amigo sportinguista recordava-me há um par de dias (acho que com uma pontinha de inveja) que o Benfica vive, desportivamente, um momento muito interessante: o futsal pode sagrar-se campeão nacional e (novamente) europeu. O Andebol pode ganhar a UEFA da modalidade, já ganhou a Supertaça e pode ganhar ainda o Campeonato. O voleibol já está na final da Taça, é o mais provável campeão e no próximo ano estará nas competições europeias. O basquetebol fez uma boa campanha europeia e ainda pode revalidar o título com um bom playoff. O hóquei tem os mesmos pontos do líder e está na final four da CERS. No futebol temos presença garantida na Champions do próximo ano e uma presença quase garantida numa meia final europeia depois de muitos anos de ausência numa fase tão avançada da competição, praticando um bom futebol.

"Quantos clubes na Europa podem gabar-se de estar nesta situação?" - perguntava o meu amigo.

No entanto, quando abro certos blogues benfiquistas fico com a impressão de que o meu clube está à beira da catástrofe, tal é o cenário dantesco que é apresentado ao leitor, e tanta é a bílis que transborda dessas prosas contra a actual direcção do Benfica.

Não ponho em causa o benfiquismo desses bloggers. As suas críticas e preocupações serão legítimas. Apenas me parece que se gritarmos constantemente "FOGO!" teremos menos hipóteses de que os bombeiros acudam quando a casa estiver mesmo a arder. 

Sonhos e pesadelos

Decididamente os sonhos de uns são os pesadelos de outros (os meus).

Um árbitro português a apitar uma final europeia? Já este ano?? Espero que seja a Champions!

Espero que o Benfica não caia no engodo da "defesa do futebol português" e dos "artistas" portugueses.

Espero que o Benfica não se sinta constrangido pelos argumentos patrioteiros da treta na hora de dizer que NÃO QUEREMOS ÁRBITROS PORTUGUESES nos nossos jogos internacionais.

Quando o polvo começa a esticar os tentáculos é de lhe dar logo uma sapatada. Toda a gente sabe que é um animal muito elástico e que as ventosas, quando agarram...

sábado, 9 de abril de 2011

Isto só não é "stand up comedy"

... porque o gajo está sentado.

Está montado o circo para a preparação do jogo da Taça por parte do clube condenado por corrupção. E cheira-me a que este observador deve ser excepção à regra para lhe estarem a fazer a folha com tanto zelo.

Como escrevi no post anterior, o "descalabro e a descredibilização da liga" aconteceram há já uns anitos e tiveram como resultado o panorama arbitral que temos hoje: esta época o Benfica foi apitado por árbitros de associações na órbita do fc porto em quase 50% dos jogos!!! No fim de contas um facto normal, num país em que metade dos árbitros das Ligas Sagres e Orangina provêm de associações na órbita do fcp.

E concluiu: "A começar pelo caso do apagão na Luz - que até veio ajudar a nossa festa (...)

É óbvio que o apagão na Luz ajudou à vossa festa. Foi o ambiente ideal para quem está habituado a ganhar de forma POUCO CLARA.

Rui Cerqueira, vai um Biover? *

Os dragões apelaram à FPF para "tomar medidas urgentes quanto ao desempenho imparcial das equipas de arbitragem, bem como para a designação de observadores competentes". Este ponto aliás, foi abordado pelos portistas, que criticaram de forma veemente a avaliação do observador Fernando Mateus: "não pode, de forma alguma, voltar a avaliar o desempenho de qualquer árbitro."

Isto pode ler-se aqui. Lê-se com alguma dificuldade por causa das duas ou três inevitáveis interrupções para tentar controlar o riso e limpar as lágrimas, mas lê-se.

Antigo jornalista da RTP e actual responsável pelo departamento de comunicação dos corruptos, Rui Cerqueira está habituado ao silêncio e à amnésia dos meios de comunicação portugueses acerca dos métodos do seu clube. Talvez seja esse "defeito profissional" o que o impede de ver o ridículo deste comunicado.

Porque não, já agora, exigir o regresso de Francisco Tavares da Costa ao Conselho de Arbitragem e a reintegração de Pinto "Estou Zé? Oh Jorge!" de Sousa.


Em vez destes exercícios de contorcionismo moral, talvez o Sr. Rui Cerqueira devesse informar-nos de qual vai ser, afinal, a data deste jogo.




* link

4 grandes golos

1º duplo túnel de Aimar com beijinho no nosso símbolo para finalizar. 2º Jogada espectacular de Coentrão do lado esquerdo com finalização "de letra" de Sálvio. 3º Finta "gourmet" de Sálvio e remate cruzado sem hipóteses para Isaksson. 4º Maxi tira o defesa da jogada com um toque de calcanhar e entrega a Saviola que, rodopiando sobre si mesmo (gesto que já tinha dado uma bola no poste) remata colocado de baixo para cima.

Quatro grandes golos, ao nível de uma exibição quase perfeita.

4-1 ao PSV

Há quem se pergunte porque é que a motivação de ontem não se viu no Domingo passado. A mim parece-me que a resposta é óbvia: no Domingo não havia nada para ganhar e naturalmente os jogadores não quiseram comprometer a jornada europeia com esforços inglórios. Ontem estavam coisas mais importantes em jogo. Quem pode condenar o pragmatismo?

Se me dissessem que íamos espetar 4 à segunda equipa com mais golos marcados na Europa... Se me dissessem que íamos vulgarizar uma equipa que esta época só tinha perdido um jogo na Europa e que marcou golos em todos os jogos que fez...

Há quem se diga benfiquista e assobie jogadores nossos enquanto o jogo decorre!!! Neste caso, o mesmo jogador que garantiu com duas defesas fabulosas a nossa presença no jogo de ontem e a possibilidade de estarmos na décima segunda meia final europeia e, quem sabe, na OITAVA final da nossa Gloriosa História.

Eu apenas tenho muita pena de ontem não poder ter feito os 500km da ordem para ver o Glorioso e partilhar, em família, momentos como este. E tentar abafar com o meu grito e o meu aplauso os que, já dizia a Leonor Pinhão, fazem pior que cuspir na sopa.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A mania da perseguição, Nazis e Literatura...



"Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir."


Winston Churchill

As trevas...esquecidas! Ou aquelas coisas que são das "épocas do Pinto da Costa"...

No próximo dia 18 de Julho faz anos que o árbitro Carlos Calheiros, da Associação de Viana do Castelo, embarcou para o Brasil na companhia de familiares, para um justo período de férias repartidas entre o Othon Palace do Rio de Janeiro e o Hotel Sheraton do Recife. A factura da viagem e da estada da família Calheiros foi debitada pela Agência Cosmos ao FC Porto. Por lapso, como mais tarde viriam a explicar o próprio árbitro, o clube e o operador turístico. A efeméride merece ser celebrada por todos os que se preocupam com a causa da arbitragem nacional neste momento em, que passada mais de uma década, se volta a discutir se os juízes de campo devem ser sorteados ou nomeados para dirigir os jogos da Super Liga (e como o devem e por quem o devem ser) A data deve ser lembrada com insistência na face de todos os amnésicos compulsivos para bem do futebol português. O episódio é, por ventura, o mais rocambolesco e o mais exemplificativo de uma época dourada em que os árbitros eram o máximo e só se queixavam dos árbitros os maus perdedores, os invejosos e os passarinhos. Celebremos, então, entusiasticamente o aniversário da viagem de Carlos Calheiros ao Brasil. Foi a SIC quem trouxe o caso para a praça pública, a 1 de Novembro de 1996, e no dia seguinte os jornais desportivos e generalistas não tiveram outro remédio senão dar seguimento ao assunto. «Calheiros, engenheiro de profissão, viajou ao Brasil em Julho de 1995, na companhia da sua mulher e filha, e a factura da deslocação, da agência Cosmos e no valor de 761 contos, apresenta o FC Porto como a entidade a quem deveriam ser debitados os custos das férias. Estranha é também a forma como o ex-árbitro é identificado na factura. O seu nome completo é José Carlos Amorim Calheiros, e no documento aparece como José Amorim», lia-se no «Público». Calheiros reagiu ameaçando com a Justiça. O árbitro, em declarações ao «Independente», clamou e reclamou pela sua inocência: «Vou pôr a Cosmos e o FC Porto em tribunal, por difamação e abuso da minha boa fé. Limitei-me a aceitar uma viagem da Cosmos e agora aparece isto.» Mas a história da viagem de Carlos Calheiros ao Brasil não se ficou por aqui. De acordo com declarações de «um vice-presidente do FC Porto» ao «Público» o imbróglio terá tido início quando o ex-árbitro contactou o clube das Antas para que «o FC Porto, atendendo ao facto de ser um cliente habitual da Cosmos lhe conseguisse um preço especial». «O próprio Carlos Calheiros foi depois à Cosmos tratar das formalidades e, mais tarde, pagou ao FC Porto», acrescentou o anónimo dirigente portista. Esta versão foi confirmada pelo administrador da agência de viagens, António Laranjeiro: «Carlos Calheiros falou com o FC Porto para usufruir das condições especiais que a agência concede ao clube e acertou as contas posteriormente com o clube.» Calheiros apresentou uma perspectiva diferente do assunto: «Informei a Cosmos de que lamentava que, abusivamente, tenha feito seguir para o FC Porto as facturas e os recibos de uma viagem que eu pensava que me tinha sido oferecida e exigi que seja feita a emissão do recibo, que eu sempre pedi e que nunca me foi dado, para que possa liquidar a dívida.» O «Independente» revelaria que na sequência da investigação da SIC, o ex-árbitro terá recebido uma carta do FC Porto, assinada por Diogo Paiva Brandão, director-geral do clube, confirmando que a factura estava contabilizada nas contas do FCP com o número 4144, com a data de 18 de Julho de 1995 e que foi liquidada pelo FC Porto à Cosmos. O semanário teve acesso a esse documento e transcreveu-o: «[a deslocação ao Brasil] foi indevidamente debitada ao nosso clube. Na realidade, devido ao facto de a factura ter sido enviada num conjunto de diversas outras, passou despercebida aos nossos serviços e não foi detectada a irregularidade da sua emissão. Por isso, e dado que o clube já liquidou, por lapso, o respectivo montante à agência de viagens, convidamos Vossa Exª a liquidar de imediato o valor, em escudos, de 761.713, nos nossos serviços para podermos considerar o assunto encerrado.» A verdade é que o assunto ficou mesmo encerrado. Foi esmorecendo nas páginas dos jornais, das ameaças de tribunal nunca mais ninguém ouviu falar, da presumível investigação da Polícia Judiciária também nunca mais ninguém ouviu falar e tudo leva a crer que Carlos Calheiros tenha, finalmente, pago a viagem que julgou ser uma benfeitoria desinteressada e tenha ainda hoje, em sua casa, emoldurados o recibo e a factura desses dez dias no Brasil. Tudo não passou de um lapso. Ou de vários lapsos, se quiserem. Nenhuma organização é perfeita. Era tudo boa gente. "Oba-la-di-ob-la-da...life goes on" The Beatles

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A tal tolerância zero...

...Que só existe a sul do Mondego.


Vasco Cabral, 28 anos, perdeu o olho esquerdo, na sequência dos disparos de balas de borracha efectuados pela PSP, durante os confrontos que antecederam o clássico de domingo.

Link

terça-feira, 5 de abril de 2011

A noção de Verdade

O treinador de uma certa equipa de futebol, justificou, para quem quis ouvir, a vitória no jogo e do campeonato pela moral que era dada aos jogadores decorrente das mentiras que sobre essa dita equipa eram ditas. Mais, referiu que o resultado poderia ter sido mais dilatado, dando como exemplo o lance em que o mergulhador-mor se isola ficando cara a cara com o Roberto. Muito Bom, aprendeu depressa que o importante não são as baboseiras que se dizem, mas sim a pose com que são ditas. O que o rapaz se esqueceu de dizer, ele e 99,99% da imprensa nacional, é que o dito jogador, no tal lance, habilidoso como é, ajeitou a bola com ambas as mãos. Afirmar este tipo de verdade, só para os cégos e os maus jornalistas.

Obrigatório ler

Obrigatório ler.

O tal Fair Play...



Muitas vezes não escolhemos os nossos inimigos, são eles que nos escolhem a nós. Quando assim acontece não podemos virar a cara à luta e optar pela estratégia da indiferença.
O que teria acontecido em 1939 se o Winston Churchill tivesse usado a estratégia da indiferença perante o avanço nazi?

Há que entender a verdadeira dimensão do que está em jogo. Só assim poderemos defender-nos.
Pela segunda vez nos últimos 10 anos deixámos que o polvo se reorganizasse.

Um sonho corrupto tornado realidade.

Os corruptos não escondem a sua felicidade pelo que aconteceu a seguir ao jogo de ontem. Estão radiantes. Eles que sonham acordados com a grandeza do Benfica, e que tanto sofrem pela impossibilidade de a atingir, tiveram ontem um lampejo daquilo a que realmente aspiram: ser como nós. Não porque se tenham elevado à nossa grandeza, mas porque nós descemos ao nível deles.
Não é bem a mesma coisa, mas para eles chega: por um breve momento fomos (quase) iguais.

Caro Fernando, ao Benfica não caiu nenhuma máscara. Foi só um esgar. Uma careta. Não devias rir-te muito porque me parece que estás a brincar com o fogo. Eu, no teu lugar, rezava para que a face do Benfica não mude de vez e se transforme no monstro que vocês são porque, à nossa dimensão... imagina o tamanho do monstro...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

"Apagaram-se as luzes e ficaram as trevas"

Os jornais chama-lhe ironia. A mim parece-me a melhor forma de descrever o estado a que o futebol português chegou. Tiros para o ar, pessoas barricadas dentro de casas, casas de clubes vandalizadas de norte a sul do país, autocarros apedrejados, cenários de estado de sítio nas cidades, escoltas policiais a lembrar o Afeganistão, cargas policiais sobre adeptos, jogadores que se recusam entrar em campo de mão dada com crianças que vestem camisolas rivais.

As luzes começaram a apagar-se uma semana antes da Páscoa de 2010, quando uma "juíza" decidiu absolver Pinto da Costa no caso Apito Dourado. Ficou assim legitimada a teia de tráfico de influências e corrupção em que o futebol português se transformou ao longo dos últimos 30 anos. A penumbra desceu um pouco mais quando Luís Filipe Vieira decidiu apoiar para a presidência da Liga de Clubes um ex-administrador do Clube Corrupto, conhecido por oferecer bilhetes "para a tribuna que são 25 contos cada um" às prostitutas com que António Araújo ajudava Pinto da Costa a comprar árbitros.

As trevas adensam-se quando, por fim, o "gerente da caixa" vem ao nosso estádio exibir os frutos que colheu neste deserto de justiça chamado Portugal. E quando nós resolvemos colaborar na orgia de violência  em que conseguiram transformar o futebol português, para gáudio de uma imprensa sedenta do sangue que lhes tire os jornais das bancas.

Não nos esqueçamos, no entanto, que a época não acabou. Que não resta aos Benfiquistas outra alternativa que não seja resistir, sempre. Apoiar, sempre. Aprender com os erros e acreditar que a mentira não pode durar sempre. A nossa casa é a Luz.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Amor com amor se paga

"Esclarecimento

O Sport Lisboa e Benfica face a algumas posições públicas assumidas nas últimas horas vem esclarecer que não quer alimentar nenhum tipo de polémica em relação ao jogo do próximo domingo, contra o FC Porto.

O Sport Lisboa e Benfica vai tratar com o respeito e o fair-play merecidos a instituição, os dirigentes e adeptos do FC Porto. Nesse sentido – e ao contrário do que sucede em outros campos - não vai omitir o nome do FC Porto, nem deixar de hastear a sua bandeira, como é próprio de instituições sérias e sem quaisquer tipo de complexos.

Em relação aos adeptos, e para informação dos mais distraídos, limita-se o Sport Lisboa e Benfica a aplicar – e dentro do quadro legal vigente – o princípio da reciprocidade. Os nossos sócios e adeptos nas deslocações ao Estádio do Dragão têm sido sistematicamente impedidos de entrar com bandeiras do Benfica ou quaisquer outro tipo de adereços, ao contrário do que sucede em todos os restantes estádios nacionais e estrangeiros.

Esta decisão foi devidamente ponderada e é irreversível, porque em questões morais – e dentro da legalidade – nunca se deve vacilar.

O futebol português dispensa a violência e a intolerância, mas também prescinde de “virgens ofendidas”."